Piri-Piri's
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Piri-Piri's

Cultivo e Troca de Semente de Varias Pimentas E-MAIL: pimentasptforum@gmail.com


Você não está conectado. Conecte-se ou registre-se

Como identificar e tratar as pragas!

Ir para baixo  Mensagem [Página 1 de 1]

1Como identificar e tratar as pragas! Empty Como identificar e tratar as pragas! Qua Jul 29, 2009 3:18 am

Admin


Admin

Pragas são animais que atacam as plantas e provocam danos parciais ou totais. Caracóis, lesmas, piolhos, cochonilhas, aranhiço vermelho, lagartas, larvas, outros insectos voadores, pássaros, toupeiras, coelhos ratos e outros mamíferos (o gato da vizinha), são pragas que de uma forma ou outra prejudicam o estado de sanidade das nossas plantas. Podem atacar todas as partes da planta, apesar dos danos nas folhas, caules e frutos serem os mais visíveis.

As plantas, de um modo geral, estão mais bem prepardas para resistir a doenças - estado patológico causado por organismos como fungos, bactérias ou virus - do que a pragas. O controlo natural destas, passa por outros seres vivos seus predadores, que reduzem a proliferação das suas populações .

Um estado de desordem vegetativa ocorre sempre que a planta não reune as condições adequadas às suas necessidades, seja por falta ou excesso de humidade, de calor de luz ou de nutrientes.

De um modo geral, os sintomas que a planta exibe são orientadores do tipo de problema que padece.
A maioria das pragas são visíveis a olho nú (com excepção do aranhiço vermelho, só com lupa ou microscópio) e o seu efeito é sempre visível. Folhas ou caules parcialmente comidos, frutos, folhas ou caules com "tuneis", aglomerados de piolhos de várias cores sobre os crescimentos mais tenros sejam folhas novas, ou caules, folhas retorcidas e disformes, cochonilhas lapa, castanhas ou cinzentas ou cochonilha de S. José (algodão branco) nos caules e no verso das folhas são facilmente identificados por mera inspecção visual.

Também muitos fungos se tornam visíveis na medida em que desenvolvem em número significativo. São as fumaginas negras nas folhas, caules e frutos, são uns pós brancos ou cinzentos na face inferior das folhas e nos caules jovens, são umas "crostas" esbranquiçadas ao longo dos caules, folhas e troncos de arbustos, são os pontos de ferrugem ou manchas que sarapintam as folhas de castanho e vermelho.

As bactérias e os virus são mais difíceis de identificar. No entanto ocorrem mais raramente que outros tipos de problema, graças ao efeito do próprio sistema imunitário das plantas. Os mais comuns são podridões que ocorrem na planta sem razão aparente. Ela pura e simplesmente apodrece progressivamente até à sua perda total.

A primeira linha de combate a estes problemas é dotar as nossas plantas do ambiente adequado à sua espécie, no que se refere a humidade (do ar e rega), do tipo de solo ou substrato (mais compacto, mais leve, mais ou menos ácido, etc. ), da gama de temperaturas a que ficam sujeitas (média diária e noturna), do tipo de iluminação que recebem (luz difusa, luz forte, pleno sol ou sombra), do número de horas de luz disponível (por exemplo as roseiras precisam de pelo menos 6 horas de luz forte por dia) e do tipo e quantidade de nutrientes disponíveis sejam N-P-K (azoto, fósforo e potássio) ou microelementos.

É uma boa prática identificar a espécie que temos, procurar (na net ou manuais) as condições ambientais requeridas e criarmos essa condições no local onde a colocamos. Mais de 2/3 de futuros problemas são eliminados desta simples maneira.
Não devemos esquecer que na natureza as plantas estão sujeitas a ambientes dinâmicos no que respeita ao ar e seu movimento, à variação das temperaturas ao longo do dia, a estados de humidade variáveis e a outras plantas e chuva que repõe os níveis de nutrientes adequados. Quando as colocamos em nossas casas fornecemos um ambiente muito mais estável, perdendo muita da dinâmica natural do ecosistema.
Para manter uma boa saude há que proporcionar alguma dinâmica ambiental às nossas plantas. Abrir-lhes a janela e deixá-las apanhar ar, serem tocadas por luz natural, mudar anualmente todo ou partes do substrato, sujeitá-las a alguma variação térmica através de um "passeio" na varanda ou no pátio durante as horas da manhã na Primavera , Verão e Outono, são algumas das práticas que contribuirão decididamente para a boa saúde das suas plantas.

Mas mesmo assim, por vezes temos de as tratar de algumas pragas ou doenças.

Insectos de corpo mole - Piolhos, aranhiço vermelho e algodão branco:
Os piolhos de cor branca, verde, cinzenta e preta, o algodão branco e o aranhiço vermelho são pequenos insectos de corpo mole que se multiplicam muito rápidamente e ocorrem principalmente na Primavera e no verão. Atacam a parte aérea da planta, sugando-lhe a seiva para seu alimento. Poduzem um melaço que torna as folhas e caules "pegajosos" ao tacto. O aranhiço vermelho não é visível a olho nú, mas ao observar nas folhas o aparecimento de milhares de pontos minúsculos descolorados (normalmente mais claros) denotam a existência de aranhiço vermelho. Se observada na sua face inferior a folha deve mostrar mínusculos fios tipo teia de aranha ao longo da superfície. Visto à lupa os adultos têm uma cor vermelha que quando muito juntos darão um tom carmim à folha. Juntam-se em colónias normalmente nas partes jovens da planta (por ser mais fácil furar e chegar à seiva) e são facilmente identificados por inspecção visual.
Onde existem sugadores de seiva, existem formigas e vice-versa pelo que o combate às formigas que trepam pelas plantas é recomendado.
Podem ser eliminados por remoção física se forem poucos, mas se a infestação é grande é melhor utilizar algum tipo de repelente ou insecticida natural ou químico.
Os isecticidas podem ser sistémicos (absorvidos pela planta, o que a vai defender de ataques futuros durante algum tempo) ou de contacto (que actuam no sistema nervoso do insecto por absorção quando em contacto com ele).
A maioria dos insecticidas domésticos são químicos (Dum-dum, raid casa e plantas, etc.) que actuam por contacto, pelo que é necessário que o insecto seja tocado pelas gotícolas do insecticida para surtir efeito.
Os sistémicos são normalmente vendidos em estufas, cooperativas agrícolas ou grandes superfícies na zona das plantas em forma concentrada, sendo necessário dilui-los em água e utilizar um pulverizador para a sua aplicação. Os pulverizadores existem em diversos tamanhos e disponíveis nos locais atrás referidos, sendo os mais pequenos de 1 litro.
A preparação das caldas deve seguir escrupulosamente as recomendações do fabricante quer no que respeita às quantidades como às práticas de segurança e higiene. De um modo geral este produtos são tóxicos para outros seres vivos e por isso são perigosos.
Alguns exemplos de insecticidas sistémicos de gama de actuação alargada que eu uso são: Decis e Confidor.
Existem também insecticidas naturais, mais amigos do ambiente, mas que não deixam de ser insecticidas e por isso também tóxicos para outros seres vivos.

Há uma gama de repelentes "fabricados" em casa que parecem ser eficazes e não tóxicos, mas que requerem aplicações sucessivas até controlo da praga, aqui vão algumas receitas:

Para insectos de corpo mole (piolhos e algodão branco):

- Álcool isopropílico a 70% ou 90% aplicado com algodão ou spray durante 2 semanas de 3 em 3 dias.
- Spray de alho e piri-piri. Liquefazer 2 cabeças de alho e duas malaguetas na trituradora meia de água. Coar o líquido resultante eliminando os sólidos, acrescentando água necessária para obeter 5 litros de concentrado. Aplicar diluindo na proporção de 1,5 litros de concentrado para 5 litros de água.

Insectos com carapaça - Cochonilhas lapa castanho ou cinzento;
São tambem sugadores de seiva, comportando-se de forma identica ao piolho. A diferença maior é que possuem uma carapaça rija que os protege dos insecticidas que actuam por contacto (que é a maioria). O tratamento adequado é pulverizá-los com óleo de verão Garbol da Bayer de acordo com as recomendações do fabricante. Estes óleos actuam por asfixia do insecto já que criam uma fina película sobre a carapaça rija que os impede de respirar. Para alem dos cuidados de segurança e diluição adequados, faz-se notar que, por serem óleos emulsionados não devem ser aplicados com temperaturas elevadas nem com sol intenso, visto poderem queimar (fritar) a planta na zonas onde se acumulam. O tratamento deve ser repetido uma semana depois para acomodar os vários estágios de desenvolvimento dos insectos.

Um óleo de verão de fabrico caseiro:

-Misturar uma colher de chá (5mml) de óleo alimentar e uma colher de chá de detergente da loiça num litro de água. Agitar bem e aplicar em spray, molhando bem toda a planta. Não a colocar ao sol até secar. Repetir a aplicação uma semana depois se necessário continuar até erradicação.

Insectos voadores - Mosca branca, mosca da fruta, borboletas e traças:
De um modo geral os insectos voadores não atacam directamente as plantas, apesar de algumas excepções como a mosca branca ou mosca do Mediterrâneo, mas sim as larvas e lagartas que ecludem das posturas de ovos daqueles insectos. No seu estado larvar, alimentam-se das plantas tanto da sua parte aérea como dos bolbos e rizomas do sistema radicular. A mosca branca, que se distingue do algodão branco porque voa uma vez que se agite a planta, é também um insecto muito pequeno de cor branca que suga a seiva das plantas. A maioria das larvas e lagartas alimenta-se da celulose das plantas seja nas folhas, caules ou raizes. São visíveis a olho nú os estragos que provocam, bem como a sua presença. Mais difícil de detectar são as lagartas mineiras e as brocas, que abrem túneis nos caules, folhas e raizes.
Estas pragas tratam-se com insecticidas sistémicos e ou de contacto e repelentes com dito para os insectos de corpo mole.

Não se referem aqui muitos outros animais que se podem constituir como pragas como os caracóis lesmas, pássaros, etc. por serem menos comuns nas nossas plantas de interior e por serem mais óbvios na sua identificação e possível "tratamento".

Quanto às doenças, focaremos os fungos que são os que nos causam mais danos nas plantas de interior.

Para que os fungos possam proliferar devem reunir-se pelo menos 3 condições; atmosfera parada, humidade e pouca ou nenhuma luz solar. Resulta assim, que a nossa primeira linha de combate deve ser a de restituir à planta condições ambientais que a aproximem do seu habitat natural como já dito.
No entanto, quando eles aparecem temos de ajudar a nossa planta a eliminá-los com os procedimentos adequados.

Em primeiro lugar há que identificar que tipo de fungo está a afectar a nossa planta. Os fungos apresentam-se de formas diferentes como pequenos pontos de cor castanha, negra ou laranja (neste caso ferrugem) normalmente nas folhas, manchas grandes de desenvolvimento circular de cor escura no centro e avermelhada na periferia das folhas. Pós ou placas de cor branca ou cinzenta que cobrem zonas extensas dos caules e/ou folhas, para referir os mais comuns nas nossas plantas. De um modo geral, as zonas afectadas, deformam-se fisicamente, secam e morrem (caem para o chão onde os esporos vão hibernar para voltar a atacar a planta no ano seguinte).
Lembro-me de um post aqui há algum tempo sobre uma "cohconilha" que uma senhora tinha nos ramos de uma árvore que gostava muito e resistia a todos os insecticidas. Pois tudo indicava que era um fungo (oídio) e tratamento devia ser um fungicida e não um insecticida.
As pragas são animais, de maior ou menor dimensão, mas por serem animais têm uma morfoloia própria e a característica mais evidente é mexerem-se. Os fungos pertencem ao reino vegetal e portanto não se mechem. Uma inspecção cuidadosa da zona afectada deve poder despistar se estamos com um ataque de um fungo (um bolor) ou de uma praga malvada.

Os fungos tratam-se com fungicidas que se vendem nas estufas, cooperativas agrícolas ou grandes superfícis na zona das plantas, concentrados em forma líquida ou pós.
Existem fungicidas de acção maioritariamente preventiva (sulfatos, enxofre, Calda Bordalesa) e fungicidas de acção curativa, sistémicos ou de contacto. O mais delicado no tratamento com fungicidas é a necessidade de repetir o tratamento de semana a semana ou de 2 em 2 semanas durante um dado período para a erradicação do fungo.
A ferrugem, oídio (que reveste os ramos, caules e folhas com uma camada branca e farinácea, de esporos aglomerados), mancha negra em ornamentais pode ser tratada com Baycor S que se usa tanto para curar como para prevenir, já que tem a propriedade de ser sistémico localizado.
O Míldio (com aparência de um pó branco acinzentado, normalmente na face inferior das folhas) pode ser tratado com Mancozebe, Zinebe ou sais cúpricos por exemplo, Milraz da Bayer ou calda bordalesa.
Em todos os casos, é necessário preparar uma calda e aplicar com pulverizador com os cuidados que se recomendaram anteriormente.

Fungicida de fabrico caseiro:

- Deitar uma colher de sopa de canela em pó em 1/2 litro de alcool isopropílico, agitar e deixar repousar de um dia para o outro. Filtrar com filtro de papel para remover os sólidos e utilizar o líquido em spray sem diluição.



Nota: os tratamentos de fabrico caseiro foram retirados da internet sem passarem por qualqer tipo de teste de validação do seu efeito.

https://pimentaspt.forumeiros.com

Ir para o topo  Mensagem [Página 1 de 1]

Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos